Setor continua abaixo do nível anterior à pandemia e muito aquém do patamar recorde, registrado em 2011
São Paulo – A produção industrial recuou 0,4% de maio para junho e 0,5% na comparação com igual mês de 2021, segundo informou o IBGE nesta terça-feira (2). Assim, no primeiro semestre a atividade cai 2,2%, com queda na maioria dos setores pesquisados. Em 12 meses, a retração é de 2,8%.
De acordo com o instituto, em junho houve redução em três das quatro categorias econômicas e 15 dos 26 ramos. “Com isso, o setor industrial ainda se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,0% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011”, informa o IBGE.
Entre os setores, o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos caiu -14,1% e o de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis recuou 1,3%, após registrar alta nos dois meses anteriores. Além disso, a atividade de máquinas e equipamentos teve retração de 2% e a de metalurgia, 1,8%). Já o segmento que inclui veículos automotores, reboques e carrocerias subiu 6,1%.
Menor dinamismo
Nos primeiros seis meses do ano, o IBGE apurou resultado negativo nas quatro categorias econômicas em 18 dos 26 ramos, 55 dos 79 grupos e 62,6% dos 805 produtos pesquisados As principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,4%), produtos de metal (-12,1%), produtos de borracha e de material plástico (-10%), indústrias extrativas (-3,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,6%). O instituto destaca ainda metalurgia (-5,4%), produtos têxteis (-15,3%) e produtos farmoquímicos/farmacêuticos (-9,1%), entre outros. Já a atividade de coque e derivados do petróleo cresceu 10,3%).
“Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para o primeiro semestre de 2022 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-11,7%), pressionada, em grande parte, pelas reduções verificadas na fabricação de eletrodomésticos da “linha branca” (-21,7%) e da “linha marrom” (-12,6%) e de automóveis (-7,0%)”, diz ainda o IBGE. (RBA) Imagem Pixabay