Número de casos aumenta 342% em cinco dias e chega a 1.891. Mortes já são 34

Em novo balanço da situação da pandemia no Brasil, divulgados às 17h10 desta segunda-feira (23), o número de casos de coronavírus chegou a 1.891, com 34 mortes. A taxa de óbitos, até o momento, está em 1,8% dos casos. De 15% a 20% dos infectados apresentam sintomas severos da covid-19.

O gráfico da doença no Brasil está em período de acelerada ascensão. O número dos casos de coronavírus tende a subir exponencialmente durante as próximas semanas. De ontem (22) para hoje, o aumento foi de 67,64% no número de casos confirmados de coronavírus, enquanto o de mortes subiu 89%.

Em cinco dias, de quarta-feira (18) para hoje, o número de casos de coronavírus aumentou 342%, e o de mortes, 750%. O primeiro caso foi confirmado há menos de um mês, em 26 de fevereiro.

Este é um período de grande importância para saber como o sistema de saúde do país vai reagir à pandemia. De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o colapso da rede de atendimento deve acontecer no final de abril.

Mesmo com as projeções apontando para um cenário de muita seriedade e, a realidade já confirmar isso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) segue minimizando o problema. Por repetidas vezes, o político radical classificou a pandemia como “histeria” e “gripinha”. Em todo o mundo, já são mais de 370 mil casos e cerca de 17 mil mortes.

Nos estados

O Ministério da Saúde divulgou o panorama do novo coronavírus nos estados. A região Sudeste concentra 60% dos casos, com 1.135 confirmados. São Paulo lidera com 745 infectados e 30 mortos, seguido pelo Rio de Janeiro, com 233 casos e quatro mortos. Minas Gerais tem 128 casos e o Espirito Santo, 29. A capital paulista, maior foco do covid-19, entra em quarentena amanhã (24).

Na sequência, vem o Nordeste com 16,3%: 308 casos. O estado mais afetado da região é o Ceará, com 163 doentes. Bahia tem 63 casos. No Sul, estão 11,1% dos doentes, com 210 casos. Já o Norte tem 3,1%, ou 59 casos. O Brasil inteiro já registra transmissão comunitária do vírus, quando não é possível saber ao certo onde as pessoas foram infectadas.

De acordo com o Datafolha, 73% dos brasileiros apoiam as medidas de isolamento social, 94% defendem suspensão de viagens internacionais e 92% também acreditam na eficácia do fechamento de escolas para frear o avanço do vírus. Dos entrevistados, 83% acreditam que ainda devem ser infectados. (RBA)