Auxílio emergencial

A Caixa Econômica Federal lançou nesta terça-feira (7) plataformas de solicitação do benefício de auxílio emergencial para trabalhadores autônomos, informais e Microempreendedores Individuais (MEIs) durante a crise do coronavírus. Já está em operação o site e o aplicativo de celular com sistema Android e IOS para que os trabalhadores possam fazer o pedido do auxílio. O banco também abriu canal telefônico (111) para que a população possa tirar dúvidas.

De acordo com as projeções do governo, é esperado que entre 15 milhões e 20 milhões de brasileiros devem se cadastrar para a concessão do auxílio emergencial. As inscrições, que têm início nesta terça, devem ser feitas apenas pelos trabalhadores que não estão registrados no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), ou no programa social Bolsa Família, e que não contribuem para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O benefício, aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidência da República na semana passada, prevê aos informais o pagamento de R$ 600 por pessoa, podendo chegar até R$ 1.200 para mães chefe de família, por pelo menos três meses.

A medida é vista como fundamental para não aumentar os impactos sociais e econômicos ocasionados pela pandemia, como destaca o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior, ao jornalista Glauco Faria, em sua coluna na Rádio Brasil Atual. “A renda mínima emergencial, nesse momento, ajuda a gente a pensar como é que as famílias vão sobreviver em uma economia que está paralisada e, ao mesmo tempo, em um cenário em que as pessoas precisam ficar em casa.”

Cuidado com as fraudes 
O diretor técnico do Dieese alerta para a importância de as pessoas estarem atentas e não clicarem em links que vêm circulando pelo Whatsapp e outras redes sociais para cadastramento. Muitos são endereços falsos de site para captar informações dos trabalhadores para outros fins e golpes. Apenas os meios oficiais públicos devem ser utilizados por essa população para garantir o benefício.

Governo que não libera
A expectativa agora é que, com o cadastramento, o governo libere o pagamento do auxílio emergencial ainda nesta semana. Fausto destaca que este é o momento da sociedade cobrar a viabilização do repasse aos trabalhadores para que a crise seja enfrentada sem colocar a saúde da população em risco.

“A gente viu neste final de semana e já ao longo dessa semana que a movimentação das pessoas nas cidades tem aumentado. Isso é bastante preocupante, porque está aumentando justamente no momento em que a doença está aumentando com maior velocidade. Agora, é óbvio que isso tem a ver com a posição do presidente, o que acho um absurdo e uma irresponsabilidade, mas também tem a ver com esse dinheiro que não chega”, adverte. “É importante que esse recurso (auxílio emergencial) chegue às famílias para que tenham tranquilidade para ficar em casa.”