São Paulo – Os preços de alimentos seguem em alta, e a inflação continua subindo. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,94% neste mês, maior resultado para outubro desde 1995. Agora, o indicador apresentado como “prévia” da inflação oficial acumula 2,31% no ano. Em 12 meses, atinge 3,52%. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (23) pelo IBGE.
Segundo o instituto, oito dos nove grupos registraram alta de preços de alimentos. Destaque para Alimentação e Bebidas, com variação de 2,24%, bem acima de setembro (1,48%). Apenas esse grupo teve impacto de 0,45 ponto percentual, quase metade do resultado do mês.
Comer está mais caro
Subiram principalmente os alimentos para consumo no domicílio – de 1,96%, no mês passado, para 2,95%. Apenas as carnes (alta de 4,83%) representaram 0,13 ponto. Foi a quinta alta mensal seguida. O IBGE cita ainda os aumentos de óleo de soja (22,34%), arroz (18,48%), tomate (14,25%) eleite longa vida (4,26%). Entre as quedas, destacam-se cebola (-9,95%) e batata inglesa (-4,39%).
Comer fora de casa também ficou mais caro. O item alimentos para consumo fora do domicílio teve alta de 0,54% – a refeição saltou de 0,09% para 0,93%.
Passagens aéreas aumentam
No grupo Transportes (1,34%), o preço médio das passagens aéreas aumentou 39,90% (0,13 ponto no índice geral). A gasolina subiu pelo quarto mês consecutivo, mas de forma menos intensa – de 3,19% para 0,85%. Depois de sete quedas, o seguro de veículo subiu 2,46%. O IBGE apurou variação negativa nos itens ônibus interestadual (-2,73%) e gás veicular (-1,36%).
Já o grupo Artigos de Residência subiu mais neste mês, com todos os itens em alta. Casos, por exemplo, de mobiliário (1,75%) e TV, som e informática (1,68%). Vestuário variou 0,84%, com aumentos nos preços de roupas masculinas e infantis e quedas nas roupas femininas. Joias e bijuterias seguem aumentando e acumulam 10,68% no ano.
Gás de botijão em alta
Habitação teve aumento de 0,40% em outubro. O gás de botijão subiu 2,07% e o gás encanado caiu 0,17%, enquanto a taxa de água e esgoto aumentou 0,16%
Entre as áreas pesquisadas, o menor resultado do mês foi apurado na região metropolitana de Salvador (0,43%) e o maior, na região metropolitana de Fortaleza (1,35%). A Grande São Paulo teve alta de 0,96%. Em 12 meses, o IPCA-15 vai de 2,88% (Porto Alegre) a 4,78% (Fortaleza), somando 3,66% em São Paulo.
O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 6 de novembro.
Vitor Nuzzi/RBA