Confiança no SUS dispara e 61% consideram o sistema público melhor que o privado

Pesquisa mostra que Bolsonaro tem pior avaliação na pandemia e que militares também perderam confiança da população

Pesquisa Exame/Ideia aponta que, para 61% dos entrevistados, o Sistema Público de Saúde (SUS) tem mais competência para lidar com os problemas da pandemia do que a rede privada de Saúde. 

A pesquisa também perguntou qual instituição o brasileiro aprendeu a confiar mais durante a pandemia. O SUS foi a resposta de 35% dos entrevistados; 24% acreditam na prefeitura de suas cidade; outros 23%, nos governadores; 12% citaram o Congresso Nacional; 3% o STF. O governo Federal foi citado por 2%, e os militares, em último, por 1%.

Ainda sobre a pandemia, apenas 9% considera que o trabalho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em relação a pandemia de Covid-19, é ótimo. Para 39%, é péssimo, e 16% consideram ruim.

A avaliação dos governadores, criticados por Bolsonaro, está melhor que a do presidente. 20% consideram péssima a postura dos governos estaduais, durante a crise, e 18% declararam que é ruim.

O levantamento também perguntou como os entrevistados consideram que será o desenvolvimento do vírus no mês de abril. Para 41%, não será nem melhor nem pior; 32% analisam que será pior, e 27% consideram que será melhor que março.

A Exame/Ideia aproveitou a votação do Projeto de Lei 948/2021, que autoriza a compra de vacina pela iniciativa privada, para perguntar aos entrevistados se eles concordam com a medida. Para 23%, as empresas podem contribuir com a pandemia se comprarem vacinas para imunizar seus familiares e funcionários. Outros 40% consideram que os empresários devem doar equipamentos e insumos para os hospitais.

Governo mal avaliado

Fora do âmbito da pandemia, o governo Bolsonaro segue mal avaliado. Para 51,5%, a gestão é ruim ou péssima; ótimo ou bom para 24%; regular para 22% e 2,5% não souberam opinar. Entre os evangélicos, o desempenho é ainda pior. Somente 40% acham que o governo é ótimo ou bom. (RBF)

Foto: Agência Brasil