O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, falou sobre a importância do diálogo social, como instrumento da democracia, e de como o país necessita de investimentos do Estado como forma de fomentar a economia.
Juruna ressaltou que a Força Sindical continuará sendo plural, defendendo a unidade de ação do movimento sindical e propor, em conjunto com as demais centrais, a realização em abril de 2022 de uma nova Conclat. “Vamos definir um programa que, além de ser entregue aos candidatos à presidência da República, será o nosso norte em novas ações em defesa da retomada do desenvolvimento e dos direitos da classe trabalhadora”.
“Estamos vigilantes e não vamos permitir retrocessos e retirada de mais direitos, como o atual governo está propondo”, falou o presidente da Federação dos Químicos de São Paulo, e eleito 1º vice-presidente da Força, Sergio Leite. Ele fez duras críticas ao governo que está tentando impor uma nova reforma trabalhista, através de um grupo de estudos do governo federal.
O deputado federal, Paulinho da Força afirmou que passa a presidência da Central, ao companheiro Miguel Torres, com muita tranquilidade. “Sei que com esta nova diretoria dará continuidade às lutas em defesa da classe trabalhadora. Minha esperança é que com a eleição de Lula presidente possamos alavancar as lutas por uma nova política de valorização do salário mínimo e das aposentadorias, garantir os direitos para todos os trabalhadores, inclusive para os dos aplicativos, e reconstruir o sindicalismo brasileiro, atuante e representativo”
Paulinho falou da agenda legislativa e da organização da luta nas pautas do Congresso Nacional. “Vamos continuar unindo forças para fortalecer a luta dos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras”. Paulinho, que agora é presidente de Honra da Central, lembrou que em 2022 o País irá ter eleições e que o movimento sindical precisa ajudar a eleger pessoas que estão ao lado do trabalhador.
O secretário de Relações Internacionais da Força, Nilton Neco, que organizou o Seminário Internacional “Os Direitos, o Futuro do Trabalho e Ação Sindical Pós Pandemia”, sintetisou que o fortalecimento do intercâmbio, cooperação mútua e solidariedade com todos os trabalhadores e entidades dos países, são o guia da política da Força. Ele também falou do fortalecimento do protagonismo da ADS (Alternativa Democrática Sindical) nas relações de trabalho.
A secretaria da Mulher, Maria Auxiliadora, discursou lembrando que durante o Congresso, as trabalhadoras organizaram o prêmio “Nair Goulart” as personalidades que se destacaram na luta pelas trabalhadoras. O objetivo, disse, é, além de reverenciar a memória da grande guerreira e lutadora que foi Nair Goulart, reconhecer, valorizar e incentivar o trabalho de instituições, entidades e pessoas que se destacaram durante o ano com programas, projetos, ações e contribuições. Entre as personalidade está a presidente da ADS, Neiva Reyes , a delegada Rose e a vice-presidente da Federação da Alimentação, Neuza Barbosa.
“Bolsonaro quer concluir serviços sujos como nova reforma trabalhista”, disse o presidente da Cut, Sérgio Nobre, durante discurso. O presidente da UGT, Ricardo Patah, elogiou a unidade das centrais sindicais. O presidente da CTB, Adilson Araújo, criticou as tentativas de desmonte e ataques aos direitos promovidos pelo governo federal. O representante da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, fez também críticas ao posicionamento autoritário dos integrantes do governo Bolsonaro.
Lula participa do Congresso: a recuperação do país é gerar empregos
O Brasil precisa de um Estado que seja capaz de ser um indutor da economia, gerando empregos e garantindo direitos. Este foi o recado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos participantes do 9º Congresso da Força Sindical. Lula participou da plenária de encerramento do Ato
“Nós queremos um Estado que seja capaz de cuidar do seu povo, ser soberano, cuidar das suas florestas, das suas águas, das suas riquezas minerais. Um Estado que seja capaz de cuidar da educação do seu povo”, disse Lula durante seu discurso. Ele advertiu que há uma campanha permanente em favor de um Estado mínimo, mas que isso significa deixar de prestar serviços e atender o povo mais necessitado.
Lembrando que a miséria aumentou e que há um grande número de pessoas sem-teto no país, o ex-presidente chamou a atenção para a ausência de políticas de proteção social.
“Esses dias eu vi um velhinho de 91 anos dizendo ‘eu não sei o que eu fiz para merecer dormir na rua aos 90 anos’. Que crime cometeu este homem que, aos 90 anos, o Estado que deveria dar proteção para ele, não se importa que esse cidadão está dormindo na rua?”, questionou Lula.
Para o ex-presidente, a tarefa principal para a recuperação do país é gerar empregos. “A pergunta que a gente precisa responder é como é que nós vamos gerar emprego nesse país. Todo mundo aqui sabe que a coisa que um chefe de família tem mais orgulho é levantar todo dia para ir trabalhar e, no fim do mês, receber seu dinheirinho, pagar o aluguel, fazer compra, e sobra um pouco para levar a família para um almoço fora de casa”, afirmou.
NOVA DIREÇÃO – A Executiva Nacional é composta por 73 cargos, sendo 24 mulheres (33%).
Já a direção nacional com 113 membros, sendo 40 mulheres, o que corresponde a 35%.
O Conselho Fiscal conta com 6 membros (3 titulares e 3 suplentes), com 2 mulheres (33%).
Confira a seguir a Chapa completa: