Governo eleva previsão de crescimento do PIB para 3,2% em 2023

Ministério da Fazenda revisou estimativa anterior – de crescimento de 2,5% – após resultado positivo do PIB no 2º trimestre. Previsão de inflação para este ano permanece em 4,85%

São Paulo – O Ministério da Fazenda revisou a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, de 2,5% para 3,2%. Para o ano que vem, o governo manteve em 2,3% a projeção de crescimento do PIB. Do mesmo modo, também permaneceu em 4,85% a estimativa de inflação para este ano. As informações constam no relatório Boletim Macrofiscal, que a Secretaria de Política Econômica (SPE) divulgou nesta segunda-feira (18).

De acordo com o documento, o crescimento de 0,9% do PIB no segundo trimestre foi um dos motivos que levaram à revisão. Nesse sentido, a Fazenda espera novo resultado positivo no terceiro trimestre deste ano. Além disso, o crescimento também é estimulado pelo aumento da safra e pela perspectiva de recuperação da economia chinesa.

“A massa salarial está crescendo; o rendimento real (acima da inflação) está crescendo; há perspectiva de uma redução da inadimplência e maior acesso ao mercado de crédito; o cenário de crédito melhor tende a puxar o crescimento para cima”, afirmou o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello.

Em entrevista coletiva, o secretário destacou que a ampla renegociação de dívidas promovida pelo programa Desenrola Brasil deve contribuir para ampliar a renda disponível das famílias e, consequentemente, o consumo.

As projeções de crescimento para este ano melhoraram para todos os setores. Para o setor de agropecuário, passou de 13,2% para 14%. Para a indústria, a estimativa avançou de 0,8% para 1,5%, enquanto a projeção para os serviços passou de 1,7% para 2,5%.

Inflação
Sobre a manutenção da projeção da inflação para este ano, a SPE destaca que o impacto dos reajustes nos preços de combustíveis tem sido compensado pela queda nos preços de comida e de serviços associados à alimentação em casa. Para 2024, a estimativa de inflação avançou de 3,3% para 3,4%, por causa de ajustes nas estimativas para o dólar e o preço das commodities.